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domingo, 17 de maio de 2009

Neil Young


Aah! O velho e bom Neil Young. http://www.neilyoung.com/index2.html. Ontem (madrugada de sábado) após uma noite de muito trabalho, restaurante cheio graças a deus. Cheguei em casa precisando relaxar. Dada a dificuladade de achar agulha para meu toca disco, peguei meu Ipod e fiz um playlist só de Neil Young. Coloquei uma dose generosa de JW Black, abri a janela e apreciei a brisa noturna. Nossa! Como esses momentos de solitude são importantes para mim. Éramos só eu uma dose de whisky, meus pensamentos e o velho Neil para fazer companhia. E que companhia.
O primeiro disco que realmente escutei de Neil Young foi o After de Goldrush de 1970, até hoje meu disco dele favorito. Depois disso mergulhei na sua história e discografia.http://www.mininova.org/tor/1469979. Comprei os que pude e baixei os que não pude. Resultado hj tenho 44 albuns dele entre originais, coletâneas, live albums etc... Muito extensa é verdade, muita porcaria, é verdade. A fase dele do começo a meio dos nos 80 é triste, indigesta e esquecível. Todavia se colocarmos toda a discografia dele numa peneira o caldo com certeza será um dos melhores da história da música ocidental. Discos como o supra citado After the goldrush, Everybody knows this is nowhere,Neil Young(Homônimo primeiro disco) Harvest, Zuma, On the Beach, Rust Never Sleeps e é claro o visceral e incompreendido Tonight´s the night, na minha opiniâo seu disco mais forte, de confissões tão pessoais e dolorosas quanto o John lennon and Platic Ono Band de John Lennon(um de meus discos favoritos que merecerá um post só dele no near distant future)
Aliás, o Tonight´s the night de 1973(mas só lançado em 1975)








merece uma audição tarde da noite na companhia de amigos apreciadores ou só mesmo e muito bem acompanhado, aqui faço uma parêntese, de um bom scotch ou de seu veneno favorito. É um disco sobre sofrimento, e de nenhuma forma romântico chegando até em alguns momentos a ser doloroso de escutar. Sua voz falha e rasga em algumas das canções o que só torna a entrega do artista mas bela e admirável. Tonight´s the night é uma confissão de um artista que está no auge de sua carreira e estrelato, mas de saco cheio de tudo aquilo. Os fâs, seus colegas do CSN&Y e suas brigas e disputas de ego, das drogas, especialmente a heroína que havia vitimado Bruce Berry(Sobre quem a canção tonight´s the night é sobre) e Danny Whitten. Uma das grandes perdas precoces da música, que me perdoe Frank Sampedro, mas as harmonizaões vocais e interplays de guitarra entre Young e Whitten são inigualáveis.
Um disco que começa e termina com tonight´s the night como um aviso a ele mesmo que aquilo tudo é passageiro mas faz parte agora de sua história pessoal que ele precisa "come to terms with".
Depois disso o véio ainda lança discos como Comes a time e Rust never sleeps, sempre alternando entre discos mais rockeiros com o Crazy Horse ou o Stray Gators band, e discos mais country-folk. Nos anos noventa lançou bons discos como o Freedom e Sleeps with angels, o belissimo Harvest Moon. Recentemente lançou Living with war, um disco de protesto, se esse termo ainda se aplica hoje em dia, e Prairie Wind e o último Fork in the road.
Neil Young é um artista que nunca se acomodou e achou um nicho confortável em que pudessse continuar faturando sem fazer muito esforço como alguns artistas. Inquieto, até música eletrônica tentou, sem muito sucesso.
Mas como dizia o Velho Neil Young: " It´s better to burn out than to fade away"
Long live Neil Young!

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