Música, filmes, literatura, Hqs, action figures, gastronomia, vinhos e cultura e cotidiano em geral


domingo, 31 de maio de 2009

Wilco - Ashes of american flags


Wilco, Wilco, Wilco...
Comprem, roubem, gravem, peguem emprestado o que for, mas assistam o DVD ao vivo Wilco - Ashes of american flags.
Uma execelente miscelãnea de performances no Cain´s Balroom em Tulsa no Oklahoma, Tipitina´s em Nova Orleans, Louisiana, Mobile Civic center em Mobile Alabama, No Ryman Auditorium em Nashville, Tennessee e 9:30club em Washington D.C. . Shows de médio para pequeno porte. Captação, masterização e blah blah blah perfeitas. Repertório perfeito.


Pra quem não conhece o Wilco comece com o segundo disco Being there,("...After the show, you walked right past, arms reached out, for your autograph...")
o primeiro na minha opinião ainda não mostra todo o potencial da banda, apesar de ser um bom albúm(se quiser ir além baixe os discos do



Uncle Tupelo banda seminal do Alt Country que contava com Jeff Tweedy).








Vá para o Summerteeth e depois para







Yankee, Hotel, Foxtro
t( o começo do experimentalismo)(Courtesy of Jim O´rourke)








em que ainda contamos com a saudosa participação de Jay Bennet(R.I.P sua música viverá para sempre). Compara-lo com Nels Cline é covardia, são dois execelentes músicos com backgrounds diferentes e sonoridades e estilos diversos.
Durante o
A Ghost is Born

com a participação e produçao de Jim O´rourke(Sonic Youth etc...) um disco maravilhoso e experimental, muito piano oriented e com pelo menos um estilo de canção (Spiders) que me lembra as coisas do Krautrock, especialmente o Neu na canção halogaloo(escutem vale a pena) e que não fazia parte do imaginário musical do Wilco pré Jim O´rourke.


Depois veio o Sky Blue sky,

um disco que é uma volta as raízes em termos, por ser mais calmo e country mas contando com a integração do virtuoso( no bom sentido ) Nels Cline. Meu amigo Gomão um amigo meu que é musico nas horas vagas foi pro show do Wilco em SP e depois ficou do lado da banda na platéia assistindo ao show do Television, me conta que entendeu quando escutou impossible Germany( Uma cançao estupenda) a influência do Television.
Só um comentário as capas e toda programação visual dos discos do Wilco são sempre de muito bom gosto, pra completar.
Recentemente o Wilco lançou o Wilco (The Album),
que confesso ainda não consegui digerir completamente. Tenho um negócio com algumas bandas, demoro pra curtir e digerir, e depois que entendo e me apaixono. espero que seja o caso com o novo do Wilco.





Ouso dizer que Jeff Tweedy

já faz parte daquela constelação de grandes compositores americanos como Bob Dylan, Tom Waits, Johnny Cash, Neil Young, Hank Williams, Woody Guthrie, The Band, Gram Parsons, The Byrds que bebem da fonte inesgotável de inspiração que é a história, a imensidão do seu país, as mudanças sociais e o legado musical de seu povo. Desde que o negro saiu do chain gang e começou a cantar o blues e os brancos working class começaram a fazer canções de protesto e entretenimento.
Mas já estou aqui fazende uma digressão,
então voltemos ao tema do post.
O Wilco hoje é: Jeff Tweedy(Vocais Guitarra), John Stirratt (Baixo e backing vocals), Pat Sansone( multi intrumentista), Mikael Jorgensen(pianos e teclados), Nels Cline (Guitarras e Lap steel) e Glenn Kotche (Bateria e percussão). Grandes músicos, sem exceção. Nels Cline na guitarra não preciso falar, Glenn Kotche; rítmico, melódico, técnico e grande compositor. Pat Sansone; discreto, toca de tudo um pouco. Mikael Jorgensen; também muito discreto mas fazendo a diferença com seus fills de piano. Aí o negócio fica sério, John Stirratt, na minha opinião é um dos grandes baixistas melódicos da atualidade. tanto que em um momento do DVD O Jeff fala que adora a banda do jeito que ela está atualmente mas que se fosse necessário ela comportaria a mudança de algum componente com a exceção de John. Isso vindo de Jeff Tweedy não é pouca coisa.
Sobre o Jeff Tweedy não preciso me estender muito(até por que confesso que sou fã), muito bom guitarrista, melhor ainda cantor e se supera como compositor.
O DVD conta com 20 canções, incluindo as extras e um link para baixar o áudio em MP3 do DVD na página do Wilco.
As considerações do integrantes da banda sobre música e a vida são muito poéticas assim como as imagens de uma america que já esta se extinguindo, de neighboorhoods, pequenas lojas etc. Uma palavra muito interessante utilizada por um dos integrtantes da banda é o " walmartization" das pequenas cidades do EUA(ou do mundo se formos refletir). Onde não se anda mais a pé e se deve pegar o carro para se fazer qualquer coisa, e onde também os pequenos negócios quebraram ou fecharam e as pessoas viraram funcionárias.
Assista ao DVD e testemunhe a História musical in the making.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ausente

Caros amigos,
Não poderei postar durante estes próximos dias pois minha filha nasceu.
See you later aligator!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Micah P. Hinson

A cara é de nerd mas o som do cara não. No casamento de um amigo em comum, eu e meu amigo Pedro, que mora em Londres, começamos a discutir sobre música. "O que q vc tá curtindo? Isso, aquilo. Ah! Gosto muito de country music americana e tal..." Falei do Wilco que para mim, é a melhor banda do momento, ele não conhecia bem, indiquei alguns discos e ele me falou de um cantor do Texas que se chama Micah P. Hinson. Para minha e sua surpresa nunca havia ouvido falar. Pedrão prontamente me passou um link pelo Yousendit e baixei. Ao mesmo tempo fui p minha bíblia da referência musical que é o www.allmusic.com e li sobre o cara e sua obra.

Nasceu em Memphis,Tennessee (terra de Elvis) e mudou-se para Abilene no Texas na sua juventude.
Antes de comlpletar 20 anos o bom garoto já havia se viciado em drogas, sido preso e declarado falência.
Ótima experiência de vida para compor suas canções de amores perdidos.
Lançou três discos com capas de muito bom gosto:









Micah P. Hinson and the Gospel of Progress












Micah P. Hinson and the Opera Circuit











Pode baixar aqui Micah P. Hinson and the red empire Orchestra
http://www.mininova.org/search/?search=micah+p.+hinson&cat=0

Todos os três excelentes, é sério não sou um cara de se impressionar fácil, mas, o cara tem a medida certa de angústia e sensibililade melódica, além de sua voz trair os excessos vividos e parecer ser a voz de outro alguém que não aquela figura frágil e pálida que está ali cantando.
Me lembra um Pouco o Lambchop, do Kurt Wagner(não, não é o Noturno dos X-men) que eu gosto muito, mas, tudo bem.

O que me impressionou recentemente foi uma banda que nunca dei o devido valor, por ser uma pessoa essencialmente melódica, e o Talking Heads , uma banda que desconstroi ritmos nunca tinha me fisgado (há não ser claro hits como Psychokiller e Road to nowhere etc...) . Pois bem baixei os quatro primeiro discos
















E bem...isso já é assunto para outro post.
Mas, voltando ao Micah, escutem!
"Satisfaction guaranteed or your money back"
Performance do cara no Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=oBM2wGiJv2Q

domingo, 17 de maio de 2009

Neil Young


Aah! O velho e bom Neil Young. http://www.neilyoung.com/index2.html. Ontem (madrugada de sábado) após uma noite de muito trabalho, restaurante cheio graças a deus. Cheguei em casa precisando relaxar. Dada a dificuladade de achar agulha para meu toca disco, peguei meu Ipod e fiz um playlist só de Neil Young. Coloquei uma dose generosa de JW Black, abri a janela e apreciei a brisa noturna. Nossa! Como esses momentos de solitude são importantes para mim. Éramos só eu uma dose de whisky, meus pensamentos e o velho Neil para fazer companhia. E que companhia.
O primeiro disco que realmente escutei de Neil Young foi o After de Goldrush de 1970, até hoje meu disco dele favorito. Depois disso mergulhei na sua história e discografia.http://www.mininova.org/tor/1469979. Comprei os que pude e baixei os que não pude. Resultado hj tenho 44 albuns dele entre originais, coletâneas, live albums etc... Muito extensa é verdade, muita porcaria, é verdade. A fase dele do começo a meio dos nos 80 é triste, indigesta e esquecível. Todavia se colocarmos toda a discografia dele numa peneira o caldo com certeza será um dos melhores da história da música ocidental. Discos como o supra citado After the goldrush, Everybody knows this is nowhere,Neil Young(Homônimo primeiro disco) Harvest, Zuma, On the Beach, Rust Never Sleeps e é claro o visceral e incompreendido Tonight´s the night, na minha opiniâo seu disco mais forte, de confissões tão pessoais e dolorosas quanto o John lennon and Platic Ono Band de John Lennon(um de meus discos favoritos que merecerá um post só dele no near distant future)
Aliás, o Tonight´s the night de 1973(mas só lançado em 1975)








merece uma audição tarde da noite na companhia de amigos apreciadores ou só mesmo e muito bem acompanhado, aqui faço uma parêntese, de um bom scotch ou de seu veneno favorito. É um disco sobre sofrimento, e de nenhuma forma romântico chegando até em alguns momentos a ser doloroso de escutar. Sua voz falha e rasga em algumas das canções o que só torna a entrega do artista mas bela e admirável. Tonight´s the night é uma confissão de um artista que está no auge de sua carreira e estrelato, mas de saco cheio de tudo aquilo. Os fâs, seus colegas do CSN&Y e suas brigas e disputas de ego, das drogas, especialmente a heroína que havia vitimado Bruce Berry(Sobre quem a canção tonight´s the night é sobre) e Danny Whitten. Uma das grandes perdas precoces da música, que me perdoe Frank Sampedro, mas as harmonizaões vocais e interplays de guitarra entre Young e Whitten são inigualáveis.
Um disco que começa e termina com tonight´s the night como um aviso a ele mesmo que aquilo tudo é passageiro mas faz parte agora de sua história pessoal que ele precisa "come to terms with".
Depois disso o véio ainda lança discos como Comes a time e Rust never sleeps, sempre alternando entre discos mais rockeiros com o Crazy Horse ou o Stray Gators band, e discos mais country-folk. Nos anos noventa lançou bons discos como o Freedom e Sleeps with angels, o belissimo Harvest Moon. Recentemente lançou Living with war, um disco de protesto, se esse termo ainda se aplica hoje em dia, e Prairie Wind e o último Fork in the road.
Neil Young é um artista que nunca se acomodou e achou um nicho confortável em que pudessse continuar faturando sem fazer muito esforço como alguns artistas. Inquieto, até música eletrônica tentou, sem muito sucesso.
Mas como dizia o Velho Neil Young: " It´s better to burn out than to fade away"
Long live Neil Young!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Descobertas musicais

Old Crow medicine Show,
Banda americana de " Mountain Music" de acordo com o site: http://www.allmusic.com/cg/amg.dll
Me impressionou. Recentemente os vi tocando no youtube com Gillian Welch outra a ser descoberta. Utilizam banjos, Fiddles(o violino da música country) e bandolins. Suas harmonizações vocais são perfeitas. O melhor é que os caras tocam musica dos anos 20 mas são novinhos, ou seja é um belo trabalho de pesquisa e resgate da música folclórica americana.
Links de torrents abaixo:
http://www.mininova.org/tor/1033581
vale a pena

Sonic Youth - The eternal


Tá aí pessoal, resolvi que o primeiro post do meu blog seria sobre o Sonic Youth. Minha banda favorita e que lançou este ano seu melhor disco em muito tempo.
Depois de cumprirem seu contrato com a DGC O Sonic Youth resolveu voltar as origens e assinou com a Matador Records. O resultado não poderia ser melhor. Não que os últimos discos tenham sido ruins. O Sonic Nurse por exemplo na minha opinião é um excelente disco.
O grande trunfo neste disco foi a contratação de Mark Ibold, ex-pavement para assumir o baixo.
Temos três guitarras agora para fazer o que o Sonic Youth Faz melhor, desconstruir a melodia. As linhas de baixo estão mais fluidas e fazem a diferença na composiçao. Neste disco que me lembra o Goo em alguns momentos, e a fase dirty - A thousand leaves temos grandes interpretações vocais de Lee Ranaldo, Thurston Moore e Kim Gordon. Além de cancões muito fortes.
Este disco merece uma audição com amigos que curtem o Sonic e que para mim é uma das bandas mais importantes dos últimos 30 anos.